Nunca se
falou tanto em Educação Inclusiva como de uns tempos para cá. O que se via por
um longo período foi a exclusão de pessoas com necessidades especiais das
escolas regulares. Não havia interação, e sim, discriminação. No Brasil, por
exemplo, a partir da segunda metade do século XIX começaram a surgir escolas
especializadas. Foi o caso do Instituto Benjamin Constant (1854) voltado para o
atendimento aos deficientes visuais e auditivos e APAE (Associação de Pais e
Amigos de Excepcionais) em 1954, onde eram realizadas pelos deficientes físicos,
atividades de vida diária.
Mas que bom
que essa história vem mudando. O princípio de Educação Inclusiva foi adotado pelos países membros da
ONU (Organização das Nações Unidas), a partir da Declaração de Salamanca sobre
Princípios, Política e Práticas na Área das Necessidades Especiais, em junho de
94. Ele tinha como objetivo estabelecer uma política de inclusão das pessoas
com necessidades especiais nas escolas.
De acordo
com o Plano Nacional de Educação (2011-2020),
a educação inclusiva atende alunos com deficiência intelectual, física,
auditiva, visual, com transtorno global do desenvolvimento (TGD) e altas
habilidades. É direito do aluno receber apoio especializado e recursos
diferenciados (ensino de linguagens e códigos de comunicação e sinalização para
os deficientes visuais e auditivos), atividades voltadas para o desenvolvimento
de estratégias de pensamento (deficiência intelectual), adaptação de material e
ambiente físico (deficientes físicos), ampliação de recursos ou conteúdos
(transtorno global e altas habilidades).
Apesar da
conquista, a inclusão educacional ainda é um desafio a ser enfrentado, já que
ainda também há resistência. A grande realidade é que muitas escolas não estão
preparadas para receber pessoas com necessidades especiais. E isso inclui a
falta de equipamentos apropriados e pessoas capacitadas para atender tais
alunos. Fora o preconceito que persiste. É preciso mudar a mentalidade. As
escolas precisam estar preparadas e os educadores, saber lidar com os
deficientes. Entender que limitação não é sinônimo de incapacidade para uma
porção de coisas. Se os deficientes não conseguem fazer uma determinada coisa,
certamente, se descobrirá outra habilidade para ser explorada. E isso acontece
com a maioria deles!
Interlocução Programa
SENAI de Ações Inclusivas - Fonte: Info Escola
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