quinta-feira, 30 de julho de 2015

Com a Abertura Democrática, ocorrida entre os anos de 1979 e 1985, o Brasil deixou de padecer da privação de direitos inerentes a quaisquer sociedades democráticas. O período da Ditadura Militar, que teve início em 1964, não foi o único em que o país viu-se submetido à privação desses direitos. Na ditadura do Estado Novo (1937-1945), com Getúlio Vargas, isso também ocorreu, sem contar em outros períodos, mais remotos. O fato é que, com o retorno à democracia, conseguimos reaver os nossos direitos fundamentais, entre eles, o da liberdade de expressão.

O direito à livre expressão foi taxativamente colocado na Constituição de 1988, que foi outorgada em 03 de agosto do ano referido. Por esse dia representar não apenas o retorno aos direitos fundamentais, mas, em especial, ao direito da livre expressão, ele é celebrado como o dia do fim da censura no Brasil.

A censura no Brasil, se manifestou em muitas esferas, principalmente a da cultura. Muitas músicas, filmes e livros foram censurados porque supostamente continham conteúdos ofensivos ou proibidos. 

Para comemorar o Dia do Fim da Ditadura, fizemos uma lista com livros que já foram proibidos e que temos aqui na biblioteca. Confira!

1- Alice no País das Maravilhas – Lewis Carroll: Os personagens absurdos e adoráveis que chegaram às prateleiras das livrarias em 1865, estão no imaginário das crianças de todo o mundo, com a possível exceção da China. Lá do outro lado do mundo, o livro que narra os encontros e diálogos da protagonista Alice com o coelho apressado, o gato de Cheshire, a lagarta fumante e toda sorte de personagens fantásticos, foi banido por dar aos animais as mesmas qualidades que os homens e colocá-los no mesmo nível.
Número de chamada: 82-93 C319a 3. ed.


2- Admirável Mundo Novo – Aldous Huxley: É uma ficção científica passada em um hipotético futuro onde as pessoas têm seus destinos definidos biologicamente, não há o conceito de família e o sexo é algo amplamente encorajado. Clássico ou não, este tipo de sinopse não agrada alguns pais dos EUA, que fizeram o livro ser banido de bibliotecas municipais por “dar a impressão de que o sexo promíscuo é legal.”
Número de chamada: 821.111 H986a 8. ed.



3- A Revolução dos Bichos - George Orwell: O escritor britânico mostrou a sua decepção com a antiga União Soviética de forma cômica neste livro lançado em 1945. Alguns anos depois, a obra do autor foi banida das bibliotecas na década de 60 e voltou a ser protestada em 1980, sob a acusação de ser pró-comunista. E a perseguição prossegue: em 2002, o livro foi retirado das escolas dos Emirados Árabes sob a acusação de conter elementos que vão contra os valores islâmicos e árabes. 
Número de chamada: 821.111 O79r



 4- O Diário de Anne Frank: Em um diário mantido no esconderijo, a menina judia de 13 anos relata seu cotidiano, suas dúvidas e descobertas adolescentes enquanto tenta escapar, com a família e amigos, da perseguição nazista em Amsterdã, na Holanda. O documento é das maneiras mais sensíveis e autênticas de retratar o sofrimento dos judeus perseguidos pelo Holocausto. Mesmo assim, teve gente que conseguiu implicar com “O Diário de Anne Frank”, lançado pelo pai de Anne, Otto,- o único da família que escapou dos campos de concentração - em 1947. O título está entre os livros protestados nos EUA por tratar de temas como sexualidade e homossexualidade.
Número de chamada: 82-94(492) F828d 32. ed.



 5 - 1984 – George Orwell:  George Orwell é mestre em ser mal interpretado. Em 1948, quando foi lançado, o romance mais famoso do autor foi retirado das livrarias nos EUA por ser considerado pró-comunismo, enquanto, na Rússia comunista, o livro foi visto como uma obra anti-regime vigente. Enquanto isso, no resto do mundo, Orwell foi considerado um gênio ao mostrar um mundo distópico em que os cidadãos eram amplamente vigiados por seu governador. 
Número de chamada: 82-31(420) O79m


6 - O Apanhador no Campo de Centeio - J. D. Salinger  – Esse clássico foi lançado em 1951 e se tornou o queridinho dos adolescentes. A história de Holden Caulfield, o garoto rebelde que foge do colégio interno para passar alguns dias fazendo o que bem entende em Nova York, no entanto, não agradou tanto os pais e logo se tornou alvo de protestos. As acusações? Linguagem chula, prostituição e, supostamente, incitar a rebeldia. Algumas bibliotecas do interior dos EUA tiveram que retirar as cópias de “O Apanhador” de suas prateleiras. Se tornou leitura obrigatória e transformou o recluso autor, que desde o sucesso do livro se escondeu do público - até sua morte, em janeiro de 2012 - em uma lenda.
Número de chamada: 82-31(420) S165a 14. ed.


7- Lolita  Vladimir Nabokov: O russo Vladimir Nabokov não teve medo de ousar ao lançar este livro em 1955. A história de um professor que se apaixona pela enteada, de apenas 12 anos, fez o clássico ser considerado na época uma obra obscena em países como a França, Inglaterra, Argentina e Nova Zelândia.
Número de chamada: 82-3 N117l


8- As Vantagens de Ser Invisível - Stephen Chbosky: Lançada em 1999, a obra do autor americano Stephen Chbosky, de 42 anos, está há cinco anos consecutivos na lista de livros que foram banidos ou protestados em bibliotecas americanas. O pecado de "As Vantagens" é tratar abertamente de sexualidade e drogas. Ainda assim, o título se tornou um best-seller, marcou a geração do fim dos anos 1990 e ganhou um filme.  
Número de chamada: 82-93 C513v


9 – Série Harry Potter – J. K. Rowling – A série de livros do “Harry Potter”, publicados no ritmo de um por ano a partir de 1997, foi o maior fenômeno moderno da literatura entre os adolescentes - e até entre gente mais crescidinha. No total, os sete títulos de J.K. Rowling venderam 400 milhões de exemplares no mundo todo. Mas não é unanimidade a afeição pelo mundo mágico de Rowling: nos Emirados Árabes Unidos, a coleção foi censurada por, supostamente, incentivar a bruxaria. No ocidente, a história dos alunos de Hogwarts foi alvo de protestos de líderes religiosos do Brasil e, nos EUA, entrou na lista das obras que receberam vetos. Algumas escolas mais conservadoras dos Estados Unidos baniram a leitura dos livros em seus domínios. Mas o sucesso seguiu o seu curso e os sete livros resultaram em oito filmes campeões de bilheteria e arrecadação. 
Número de chamada: 82-93 R884h


 A leitura é um privilégio que muitas vezes não valorizamos bem. Então aproveite a sua liberdade de expressão para ler esses livros e pensar por você mesmo! 

Fontes: http://jovem.ig.com.br/cultura/2012-10-29/a-lista-negra-de-15-livros-proibidos-que-nao-podem-faltar-na-sua-estante.html

http://www.brasilescola.com/datas-comemorativas/03-agostofim-censura-no-brasil.htm


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quinta-feira, 30 de julho de 2015

Dia do Fim da Ditadura - 03 de agosto

Com a Abertura Democrática, ocorrida entre os anos de 1979 e 1985, o Brasil deixou de padecer da privação de direitos inerentes a quaisquer sociedades democráticas. O período da Ditadura Militar, que teve início em 1964, não foi o único em que o país viu-se submetido à privação desses direitos. Na ditadura do Estado Novo (1937-1945), com Getúlio Vargas, isso também ocorreu, sem contar em outros períodos, mais remotos. O fato é que, com o retorno à democracia, conseguimos reaver os nossos direitos fundamentais, entre eles, o da liberdade de expressão.

O direito à livre expressão foi taxativamente colocado na Constituição de 1988, que foi outorgada em 03 de agosto do ano referido. Por esse dia representar não apenas o retorno aos direitos fundamentais, mas, em especial, ao direito da livre expressão, ele é celebrado como o dia do fim da censura no Brasil.

A censura no Brasil, se manifestou em muitas esferas, principalmente a da cultura. Muitas músicas, filmes e livros foram censurados porque supostamente continham conteúdos ofensivos ou proibidos. 

Para comemorar o Dia do Fim da Ditadura, fizemos uma lista com livros que já foram proibidos e que temos aqui na biblioteca. Confira!

1- Alice no País das Maravilhas – Lewis Carroll: Os personagens absurdos e adoráveis que chegaram às prateleiras das livrarias em 1865, estão no imaginário das crianças de todo o mundo, com a possível exceção da China. Lá do outro lado do mundo, o livro que narra os encontros e diálogos da protagonista Alice com o coelho apressado, o gato de Cheshire, a lagarta fumante e toda sorte de personagens fantásticos, foi banido por dar aos animais as mesmas qualidades que os homens e colocá-los no mesmo nível.
Número de chamada: 82-93 C319a 3. ed.


2- Admirável Mundo Novo – Aldous Huxley: É uma ficção científica passada em um hipotético futuro onde as pessoas têm seus destinos definidos biologicamente, não há o conceito de família e o sexo é algo amplamente encorajado. Clássico ou não, este tipo de sinopse não agrada alguns pais dos EUA, que fizeram o livro ser banido de bibliotecas municipais por “dar a impressão de que o sexo promíscuo é legal.”
Número de chamada: 821.111 H986a 8. ed.



3- A Revolução dos Bichos - George Orwell: O escritor britânico mostrou a sua decepção com a antiga União Soviética de forma cômica neste livro lançado em 1945. Alguns anos depois, a obra do autor foi banida das bibliotecas na década de 60 e voltou a ser protestada em 1980, sob a acusação de ser pró-comunista. E a perseguição prossegue: em 2002, o livro foi retirado das escolas dos Emirados Árabes sob a acusação de conter elementos que vão contra os valores islâmicos e árabes. 
Número de chamada: 821.111 O79r



 4- O Diário de Anne Frank: Em um diário mantido no esconderijo, a menina judia de 13 anos relata seu cotidiano, suas dúvidas e descobertas adolescentes enquanto tenta escapar, com a família e amigos, da perseguição nazista em Amsterdã, na Holanda. O documento é das maneiras mais sensíveis e autênticas de retratar o sofrimento dos judeus perseguidos pelo Holocausto. Mesmo assim, teve gente que conseguiu implicar com “O Diário de Anne Frank”, lançado pelo pai de Anne, Otto,- o único da família que escapou dos campos de concentração - em 1947. O título está entre os livros protestados nos EUA por tratar de temas como sexualidade e homossexualidade.
Número de chamada: 82-94(492) F828d 32. ed.



 5 - 1984 – George Orwell:  George Orwell é mestre em ser mal interpretado. Em 1948, quando foi lançado, o romance mais famoso do autor foi retirado das livrarias nos EUA por ser considerado pró-comunismo, enquanto, na Rússia comunista, o livro foi visto como uma obra anti-regime vigente. Enquanto isso, no resto do mundo, Orwell foi considerado um gênio ao mostrar um mundo distópico em que os cidadãos eram amplamente vigiados por seu governador. 
Número de chamada: 82-31(420) O79m


6 - O Apanhador no Campo de Centeio - J. D. Salinger  – Esse clássico foi lançado em 1951 e se tornou o queridinho dos adolescentes. A história de Holden Caulfield, o garoto rebelde que foge do colégio interno para passar alguns dias fazendo o que bem entende em Nova York, no entanto, não agradou tanto os pais e logo se tornou alvo de protestos. As acusações? Linguagem chula, prostituição e, supostamente, incitar a rebeldia. Algumas bibliotecas do interior dos EUA tiveram que retirar as cópias de “O Apanhador” de suas prateleiras. Se tornou leitura obrigatória e transformou o recluso autor, que desde o sucesso do livro se escondeu do público - até sua morte, em janeiro de 2012 - em uma lenda.
Número de chamada: 82-31(420) S165a 14. ed.


7- Lolita  Vladimir Nabokov: O russo Vladimir Nabokov não teve medo de ousar ao lançar este livro em 1955. A história de um professor que se apaixona pela enteada, de apenas 12 anos, fez o clássico ser considerado na época uma obra obscena em países como a França, Inglaterra, Argentina e Nova Zelândia.
Número de chamada: 82-3 N117l


8- As Vantagens de Ser Invisível - Stephen Chbosky: Lançada em 1999, a obra do autor americano Stephen Chbosky, de 42 anos, está há cinco anos consecutivos na lista de livros que foram banidos ou protestados em bibliotecas americanas. O pecado de "As Vantagens" é tratar abertamente de sexualidade e drogas. Ainda assim, o título se tornou um best-seller, marcou a geração do fim dos anos 1990 e ganhou um filme.  
Número de chamada: 82-93 C513v


9 – Série Harry Potter – J. K. Rowling – A série de livros do “Harry Potter”, publicados no ritmo de um por ano a partir de 1997, foi o maior fenômeno moderno da literatura entre os adolescentes - e até entre gente mais crescidinha. No total, os sete títulos de J.K. Rowling venderam 400 milhões de exemplares no mundo todo. Mas não é unanimidade a afeição pelo mundo mágico de Rowling: nos Emirados Árabes Unidos, a coleção foi censurada por, supostamente, incentivar a bruxaria. No ocidente, a história dos alunos de Hogwarts foi alvo de protestos de líderes religiosos do Brasil e, nos EUA, entrou na lista das obras que receberam vetos. Algumas escolas mais conservadoras dos Estados Unidos baniram a leitura dos livros em seus domínios. Mas o sucesso seguiu o seu curso e os sete livros resultaram em oito filmes campeões de bilheteria e arrecadação. 
Número de chamada: 82-93 R884h


 A leitura é um privilégio que muitas vezes não valorizamos bem. Então aproveite a sua liberdade de expressão para ler esses livros e pensar por você mesmo! 

Fontes: http://jovem.ig.com.br/cultura/2012-10-29/a-lista-negra-de-15-livros-proibidos-que-nao-podem-faltar-na-sua-estante.html

http://www.brasilescola.com/datas-comemorativas/03-agostofim-censura-no-brasil.htm


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