SETEMBRO – MÊS MUNDIAL DO ALZHEIMER
Mês Mundial do Alzheimer, alerta
sobre conscientização e apoio familiar.
Segundo a Associação
brasileira de Alzheimer (ABRAz), a cada quatro segundos uma pessoa é
diagnosticada com alguma demência, sendo o mal de Alzheimer o tipo mais
frequente. No Brasil, já são mais de um milhão e seiscentas pessoas acometidas,
e a previsão é de que o número de casos no mundo aumente para 135,5 milhões até
2050, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A Doença de Alzheimer é
um tipo de demência que, na maioria dos casos, se desenvolve em pessoas idosas,
com mais de 60 anos. Para Renato Oliveira, analista de pesquisa clínica da
Evidências – Kantar Health e mestre em Psicobiologia, é difícil
identificar com clareza quando a doença se inicia, porém, alguns sinais podem
ser observados. “Por ser uma doença degenerativa e por afetar determinadas
regiões, alguns sintomas podem indicar um certo tipo de declínio cognitivo,
como por exemplo, perda de memória (principalmente da memória recente, onde a
pessoa pergunta a mesma coisa várias vezes ou esquecimento de eventos
importantes); dificuldade em planejar e realizar tarefas; confusão de se
localizar no tempo e espaço; problemas com a fala e escrita; mudanças bruscas
de humor; entre outros. Os sintomas talvez possam parecer familiares, mas no
Alzheimer eles ocorrem numa intensidade e frequência maiores, afetando a vida
cotidiana”, afirma.
Conscientização e diagnóstico
Ainda não existe uma
causa específica para o Alzheimer, mas existem vários fatores que contribuem
para seu aparecimento, tanto genéticos como externos. “A idade, genética,
diabetes, hipertensão, obesidade, tabagismo, sedentarismo, entre outros, são
fatores que podem ser relacionados. Além desses, os aspectos relacionados ao
estilo de vida, inclusive um alto nível de escolaridade, pode ajudar a retardar
o aparecimento do declínio cognitivo”, alerta Oliveira.
Todo 21 de setembro é o
Dia Mundial do Alzheimer, data utilizada para reforçar a importância da
prevenção e do diagnóstico. Várias organizações no país desenvolvem campanhas e
eventos a fim de divulgar mais informações sobre a doença, além de ressaltar a
importância do suporte aos familiares de pacientes.
“É importante lembrar
que, as pessoas que são diagnosticadas com Alzheimer e, aos poucos, vão
perdendo sua capacidade cognitiva, se sentem vulneráveis emocionalmente,
socialmente e psicologicamente. Portanto, é essencial que familiares e amigos
deem apoio para essas pessoas, uma vez que o declínio cognitivo afeta nas
tarefas diárias e, em certas fases, ocorre alterações de humor, fazendo com que
o paciente possa reagir de maneira mais agressiva”, ressalta Oliveira. “Ainda
não existe cura para essa doença, o que pode agravar ainda mais o sentimento de
vulnerabilidade no paciente. Assim, é necessário que as pessoas em contato com
ele, sejam tolerantes e compreensíveis. Também, é interessante preservar a
independência do paciente dentro do possível, para que ele possa se sentir mais
valorizado. ”
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