O QUE POSSO FAZER PARA AJUDAR QUEM PENSA EM SUICÍDIO?
Pode ser que, em algum momento de nossas vidas, desconfiemos de que
alguém próximo está pensando em suicidar-se em decorrência de um grande
sofrimento. Diante dessa situação, o sentimento de impotência pode se fazer
presente, fazendo-nos acreditar que não há como intervir, uma vez que a pessoa
parece já ter decidido encerrar a própria vida. Entretanto, ao contrário do que
o senso comum tende a reproduzir, existem diversas maneiras de auxiliar essa
pessoa.
Se há uma desconfiança, é
importante que se converse diretamente com a pessoa que está sofrendo. Um
diálogo aberto, respeitoso, empático e compreensivo pode fazer a diferença.
Procurar saber como a pessoa está, o que tem feito ultimamente, como está se
sentindo. O foco da conversa deve ser o outro, portanto, não é recomendável:
falar muito sobre si mesmo, oferecer soluções simples para os problemas que a
pessoa relatar e desmerecer o que ela sente.
Essa conversa pode obter melhores
resultados se for feita em um lugar tranquilo, sem pressa, respeitando o tempo
da pessoa para se abrir. Caso a pessoa se sinta à vontade para compartilhar o
seu sofrimento, não é indicado: rechaçar (“Credo, isso é pecado! ”), esboçar
expressões de choque (“Não acredito que você está pensando nisso! ”) E
reprimir, caso o choro venha (“Para que chorar? Você sempre teve tudo do bom e
do melhor! ”).
A escuta ativa deve sempre estar
presente nesses diálogos. Uma escuta ativa consiste em realmente ouvir e compreender
o que o outro diz, não apenas esperar uma pausa para poder respondê-lo. Isso
não significa, no entanto, deixar a pessoa falando sozinha. Algumas pontuações
que podem ser feitas consistem em: fazer perguntas abertas; fazer um breve
resumo do que a pessoa falou, de tempos em tempos, para que ela saiba que você
está atento ao que ela diz; retornar a algum ponto que não tenha ficado claro e
tentar, ao máximo, escutá-la sem julgamentos.
Oferecer suporte emocional e
informar sobre a ajuda profissional, bem como se mostrar à disposição, caso ela
queira conversar novamente, são pontos importantes. Se a pessoa falar
claramente sobre os seus planos de se matar e parece estar decidida quanto a
isso, é primordial que ela não seja deixada sozinha. Podem ser contatados os
serviços de saúde mental e familiares/amigos da pessoa. Pode ser necessário que
ela fique em um ambiente seguro, sendo auxiliada por um profissional.
Se você perceber que a pessoa não
se sente à vontade para se abrir, deixe claro que você estará disponível para
conversar em outras oportunidades. Você também pode indicar os serviços
oferecidos pelo CVV, disponível em www.cvv.org.br, que trabalha para promover o
bem-estar das pessoas e prevenir o suicídio, em total sigilo, 24h por
dia.
Interlocução Programa SENAI de Ações
Inclusivas
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